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IR: calculadoras mostram quanto você deixará de pagar e o que muda para quem tem alta renda

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    Marketing | Sped Automation
  • há 7 minutos
  • 5 min de leitura

O Senado aprovou nesta quarta o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Trabalhadores com salário de até R$ 7.350 também serão beneficiados. Medida deverá ser sancionada pelo presidente Lula e entrar em vigor em 2026.


O Senado aprovou nesta quarta-feira (5) um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto deverá ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entrar em vigor em janeiro de 2026.


Além da isenção de IR para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil (R$ 60 mil ao ano), o projeto prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais.


Como forma de compensar as reduções no imposto, o texto também estabelece uma cobrança mínima para contribuintes de alta renda, com alíquota progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano. Nada muda para aqueles que já têm desconto em folha.


Entenda os números


1. Calculadora da isenção

Na prática, esses são os valores que deixarão de ser descontados do salário todos os meses a partir de janeiro de 2026, após sanção do presidente Lula.


O ganho para quem tem salário de R$ 5 mil será de R$ 312,89 por mês. Em um ano, considerando também o décimo terceiro salário, a economia pode chegar a R$ 4.067. Na prática, isso representa um aumento anual equivalente a 81,35% do salário de um mês. (Veja exemplos mais abaixo)


O projeto aprovado ainda prevê uma mudança na sistemática de cobrança do IR para quem ganha até R$ 7.350, com desconto progressivamente menor para rendas a partir de R$ 5.001. Com isso, esse público também será beneficiado, mesmo que em menor escala.


Assim, quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário.


Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não é alterada pelo projeto. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor.


"Se a pessoa ganhar acima de R$ 7.350, ela não vai ter redução alguma: seguirá a tributação normal da tabela progressiva", pontua Welinton Mota, da Confirp.


2. Calculadora da alta renda

O projeto estabelece que pessoas físicas com renda anual acima de R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil mensais — estarão sujeitas a uma tributação progressiva sobre lucros e dividendos, que pode chegar a 10% para quem recebe R$ 1,2 milhão ou mais por ano.


Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. (Veja abaixo)


A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%.


Conforme mostrou o g1, a cobrança mínima para quem tem alta renda começa em R$ 0,10, valor aplicado a quem ganha R$ 600.001,00 por ano. À medida que a renda aumenta, o imposto também sobe. A alíquota máxima, de 10%, atinge rendimentos a partir de R$ 1,2 milhão ao ano.


O texto aprovado permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda.


Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto.

Welinton Mota, da Confirp Contabilidade, afirma que a maneira mais eficaz de calcular a nova tributação sobre a alta renda é levar em conta o rendimento anual, e não o valor mensal fixado em R$ 50 mil.


O especialista explica que, segundo o projeto, se o contribuinte receber mais de R$ 50 mil em um mês, será aplicada a alíquota máxima de 10% sobre o valor recebido naquele período.


"Se o lucro ou dividendo ultrapassar R$ 50 mil, será aplicada a alíquota de 10% naquele mês. Se ficar abaixo desse valor, não haverá cobrança", explica. "Por isso, a prestação de contas pode variar, e o que realmente importa é o total anual, não o valor mensal", afirma.


Dessa forma, Mota avalia que, com os descontos mensais aplicados ao longo do ano, é bastante provável que esse perfil de contribuinte consiga restituir boa parte dos valores pagos na declaração anual do Imposto de Renda, no ano seguinte.


"Você vai comparar quanto pagou com o que realmente deveria pagar ao considerar o total anual. Como já houve desconto em alguns meses, possivelmente acima do valor devido, é possível até ter valores a restituir", diz. "O cálculo final, portanto, será feito apenas no ano seguinte."


O que mudou na faixa de isenção?


Hoje, estão isentos do Imposto de Renda os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos. Com a proposta, essa faixa de isenção será ampliada para rendimentos de até R$ 5 mil mensais.


A ampliação da faixa de isenção do IR foi uma promessa de campanha do presidente Lula. O projeto deve incluir cerca de 10 milhões de contribuintes na lista de isentos a partir de 2026, ano de eleições.

A proposta foi apresentada pelo governo em março deste ano. O Planalto trabalha para concluir a análise do texto até o fim de 2025, para que a nova isenção entre em vigor já em 2026.


A proximidade do prazo para concluir a análise foi um dos fatores que levaram o relator da proposta no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), a não fazer mudanças no conteúdo do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados.


Qual o total de isentos no país?


Com a provável sanção do presidente Lula, o Brasil deverá ter mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do Imposto de Renda em 2026 — cerca de 65% dos declarantes.


Esse número inclui:

  • mais de 15,2 milhões de declarantes isentos atualmente;

  • quase 2 milhões de pessoas isentas pela Lei n.º 15.191/25, que eleva a atual faixa de isenção para quem ganha até dois salários-mínimos por mês; e

  • quase 10 milhões de contribuintes que passarão a ser isentos com o projeto aprovado.


Quanto vai custar aos cofres públicos?


Em 2026, a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil terá um impacto estimado de R$ 25,8 bilhões. Foi justamente para compensar a queda na arrecadação que o Congresso manteve a proposta do governo de aplicar alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.


Com a progressão do imposto, a alíquota máxima para pessoas de alta renda será aplicada a quem tiver ganhos anuais a partir de R$ 1,2 milhão. Segundo o projeto, a cobrança não irá atingir contribuintes que já pagam a alíquota de 27,5% do IR — ou seja, que já têm esse desconto em folha.


"Atualmente, os lucros e dividendos são isentos do IR. O projeto prevê que, a partir de 2026, eles sejam tributados em 10%, desde que a distribuição mensal para um mesmo sócio da empresa seja acima de R$ 50 mil", explica Welinton Mota, da Confirp Contabilidade.


__________


Fonte: CRCSP

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